O futuro do áudio surround
Um novo patamar de efeitos de áudio
Todo profissional de áudio sabe que, para treinar os ouvidos e perceber com clareza as nuances da música, é fundamental acostumar-se a ver concertos ao vivo. O mesmo pode ser dito dos filmes: quem quer, de fato, explorar o áudio de um bom filme (e aí não importa qual seja o gênero), deve assisti-lo numa boa sala de cinema.
Um evento marcado para setembro nos EUA – na cidade de Culver City, próximo a Los Angeles, ali bem ao lado dos estúdios de Hollywood – promete explorar a fundo a questão do áudio na produção de filmes e vídeos. Junto com as tecnologias de vídeo de altíssima resolução (4K e 8K), esse é um dos temas mais atuais na indústria – não apenas a de cinema, mas também as de televisão, internet e home video.
O encontro Sound for Film, com a presença dos maiores especialistas na matéria e de grande parte dos técnicos que trabalham para os estúdios, incluiu na sua programação palestras, demos e debates sobre os dois padrões que, acredita-se, irão dominar as produções nos próximos anos. O primeiro é o Atmos, da Dolby, já instalado numa série de cinemas americanos e que até o ano que vem deverá desembarcar no Brasil.
Como foi comentado aqui, conteúdos com esse processamento elevam os efeitos de áudio a um novo patamar, espalhando-os pelo ambiente de uma forma nunca vista até hoje.
Seu maior concorrente é o Auro-3D, criado na Bélgica pelos irmãos Wilfried e Guy Van Baelen por volta de 2005 e que está presente em grandes cadeias de cinema europeias. Sua proposta é semelhante à do Atmos: reprocessar o áudio dos filmes de modo que o espectador seja, de fato, envolvido por detalhes sonoros que não perceberia numa reprodução convencional (neste vídeo, Wilfried dá uma longa explicação a respeito).
Sim, se o leitor está se perguntando quando essas maravilhas chegarão aos ambientes domésticos, a aposta é que em meados de 2015 será possível adquirir receivers e processadores compatíveis. Talvez antes.
Fonte: Orlandobarrozo